«مَا تَرَكْتُ بَعْدِي فِتْنَةً أَضَرَّ عَلَى الرِّجَالِ مِنَ النِّسَاء»

sexta-feira, abril 29, 2005

Acabou!

Por sugestão do barnabé, debrucei-me sobre este excerto. Prometo que é o último post sobre o Bento. Não haverá mais posts sobre o Bento (pelo menos este Bento)! Acabou! Voltaremos em breve ao pardacento quaotidiano do Palácio dos Balcões.
«Quando alguém como Ratzinger chama a atenção para o "relativismo moral" da sociedade moderna mas, ao mesmo tempo, afirma que "não há salvação fora da Igreja Católica" [...] ou condena o aborto em nome da defesa da vida mas se mostra compreensivo para com a pena de morte, compreendemos que os "valores morais universais e absolutos" que defende são apenas a supremacia das posições do Vaticano sobre todas as outras, com as variantes regionais e temporais que este entenda defender.O Vaticano não possui qualquer autoridade para falar de "relativismo moral" pois essa é a sua moeda corrente. Um dos domínios onde isso é gritante – e só não vê quem não quer – é a questão dos direitos das mulheres no seio da Igreja. A Igreja não pode considerar que o mais alto papel a que uma mulher pode aspirar é lavar os pés do Papa e falar de duplicidade de critérios. Como não pode abençoar torcionários e autores de massacres e falar do direito à vida, ou amordaçar as opiniões divergentes no seu seio e falar dos direitos humanos. Ou condenar milhões de africanos a morrer de SIDA ameaçando-os com o inferno se usarem o preservativo e falar da piedade, do perdão e do amor de Cristo.»
José Vítor Malheiros, Público 26 de Abril