«مَا تَرَكْتُ بَعْدِي فِتْنَةً أَضَرَّ عَلَى الرِّجَالِ مِنَ النِّسَاء»

domingo, novembro 28, 2004

Jesus do Oriente

Esta é mais uma entre muitas teorias que se formulam para explicar uma série de factos de uma incrível coincidência e consequência. Apesar das fragilidades, e tendo em conta a dimensão das coincidências, seria de algum valor fazer um estudo sério de fontes e dados. Assim a especulação desapareceria.
Alguns (não é uma seita religiosa) têm a convicção histórica de que Jesus Cristo foi discípulo Budista entre os 13 e os 30 anos, tendo sobrevivido depois à crucificação e voltado para a Índia, onde está agora sepultado. Esta teoria pretende explicar o desaparecimento da figura de Cristo nos evangelhos naquele período da sua vida.
Antes de mais, os evangelhos de Mateus e Lucas seguem obviamente o documento de Marcos. No entanto, têm informação extra que não vinha em Marcos, que nos faz supor ter havido outra fonte documental. Pelos indícios de cortes e acrescentos posteriores aos evangelhos (hoje provados. Por exemplo a parte em que diz que Jesus subiu aos céus, etc), podemos antever episódios que, por uma razão ou outra, não interessaram à doutrina. Por outro lado é citado nos evangelhos com toda a naturalidade que Cristo, após a crucificação, voltou ao convívio com algumas pessoas (não apenas os apóstolos) e apenas se refere que, depois, ele foi para uma terra distante. Sobreviver à crucificação era comum na época, a avaliar pelos relatos de que dispomos. Ver aqui e aqui.
Registos Budas indicam a chegada de um jovem de 13 anos, vindo do ocidente, que permaneceu a estudar a mística budista até aos seus 29 anos. Voltou então à sua terra, tendo regressado à Índia 4 anos depois, onde viveu durante longo tempo e morreu já velho, tendo sido sepultado aqui. Existe ainda, junto ao túmulo, uma representação de dois pés macerados por pregos. A datação desta escultura é, no entanto, polémica.
Nos argumentos finais de quem acredita em tudo isto, vem a semelhança entre os milagres de Cristo e de Siddharta e os estudos genéticos das comunidades "filhas de Israel" na Índia.
Ficam com estes links. Pareceu-me uma ideia curiosa e passível de interessar a mais gente. Apenas por isso fiz este post.


4 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Este tipo de teorias não fazem sentido nenhum. Acreditar na ressurreição de Jesus é uma questão de fé. Ou se acredita ou não. Quem não acredita não precisa de andar à cata de explicações para o facto. Quem acredita está-se pouco marimbando (desculpe a expressão) se havia pessoas que sobreviviam a crucificação ou não. Não é isto que lhe vai demover da fé. Não há forma de chegarmos lá pela história.
As teorias budistas parecem-me "surreais". Jesus já foi extraterrestre, já foi filósofo grego, já foi mágico egípcio, agora é budista. Enfim, tudo se arranja...

Mário Azevedo

12:57 da tarde  
Blogger JD said...

A questão não reside na fé. Existem documentos e provas históricas. Muitos factos, é certo, estão ligados por especulação.

Acho notável que ache que não faz sentido nenhum, desconhecendo um estudo académico sério sobre o assunto.

Caso os factos ou documentos se referissem a qualquer outro assunto, então já seria razoàvel uma investigação. Quando a racionalidade mexe com a fé ocidental, então nem sequer vale a pena ir por aí...

Não sou defensor deste tipo de teorias, quando não devidamente investigadas, mas custa-me ver como a máquina cristã conseguiu lavar cérebros tão bem, ao ponto de fazer crer que a história pode funcionar em tudo menos em Jesus. Jesus foi uma personalidade histórica e essencialmente política. A sua doutrina foi alterada por interesses logo após a sua morte. Existem lacunas históricas evidentes que merecem ser estudadas.

1:30 da tarde  
Anonymous Anónimo said...

Desculpe lá, mas não percebeu nada do que eu disse. Ou então fez que não percebeu. Sou fascinado pela figura de Jesus, o que me leva a ler tudo o que posso sobre assunto. Não é muito, eu sei, mas faço um esforço. Cristão que se preze deve tentar conhecer o melhor possível a figura histórica de Jesus. Agora, há coisas que pertencem ao mundo da fé. A ressurreição é uma delas. De que vale em termos de fé religiosa saber que há pessoas que resistiram à crucificação. Nada. Nunca se vai conseguir provar se houve ressurreição ou não.
E mantenho, as teorias budistas são surreais. Entram no caminho fantasioso, que de nada servem para a história.

Mário Azevedo

1:54 da tarde  
Blogger JD said...

Pois. De facto de fé eu não percebo muito.

Não sei muito bem identificar a fronteira entre o disparate e a crença. Entre a fé e não querer ver a realidade.

Teimo em acreditar na minha cabeça, no raciocínio. Tenho esta mania de ter fé na vida...

11:45 da tarde  

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